O que é Insuficiência Mitral?
A insuficiência mitral é uma das doenças valvares mais frequentes do coração, caracterizada pelo vazamento da válvula mitral, que deveria permitir o fluxo de sangue apenas em um sentido: do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo. Quando há falha no fechamento da válvula, o sangue retorna ao átrio, provocando sobrecarga cardíaca, aumento de pressão nos pulmões e risco de insuficiência cardíaca.
Estima-se que 10% das pessoas acima dos 75 anos apresentem algum grau de insuficiência mitral. Quando não tratada, essa condição pode levar à deterioração progressiva da função cardíaca e aumenta o risco de morte em até 50% em 2 a 3 anos nos casos graves.
Causas da Insuficiência Mitral
A doença pode ser classificada em dois grandes grupos:
Primária (Degenerativa)
- Prolapso da válvula mitral (doença de Barlow, degeneração mixomatosa)
- Rotura de cordoalhas tendíneas
- Endocardite infecciosa
- Febre reumática
Secundária (Funcional)
- Infarto agudo do miocárdio
- Insuficiência cardíaca com dilatação do ventrículo esquerdo
- Cardiomiopatias


Sintomas e Sinais
Os sintomas aparecem quando o coração começa a falhar:
- Falta de ar aos esforços ou ao deitar
- Cansaço fácil
- Palpitações (arritmias)
- Tonturas ou desmaios
- Tosse e sensação de opressão no peito
- Sopro cardíaco audível em exame clínico
Mesmo assintomáticos, pacientes com insuficiência mitral grave correm risco aumentado de morte súbita ou evolução para insuficiência cardíaca irreversível. Por isso, o diagnóstico e o tratamento precoce são essenciais.
Diagnóstico
A avaliação clínica é fundamental no diagnóstico sendo apoiada por múltiplos exames como:
- Ecocardiograma transtorácico
- Ecocardiograma transesofágico 3D
- Ressonância magnética cardíaca
- Teste ergométrico ou de esforço
- Cateterismo cardíaco (em alguns casos)
Esses exames determinam o grau da insuficiência, o mecanismo do vazamento, e ajudam a definir o tratamento mais adequado.
Qual o tratamento da Insuficiência Mitral?
O tratamento é individualizado conforme o tipo, grau de vazamento, sintomas e função cardíaca. As opções incluem:
Tratamento Clínico (Medicamentos)
Indicado em fases iniciais ou como suporte em pacientes sem indicação imediata de cirurgia. Inclui:
- Vasodilatadores
- Diuréticos
- Betabloqueadores
- Inibidores da ECA ou BRA
- Medicamentos para controle de arritmias
Medicamentos não curam a insuficiência mitral, mas controlam sintomas. Casos graves exigem abordagem cirúrgica ou transcateter.
Tratamento Cirúrgico
1. Cirurgia Convencional (Esternotomia)
- Abertura do tórax com circulação extracorpórea
- Reparo (plastia mitral) ou substituição da válvula por prótese (biológica ou mecânica)
- Duração: 3–4 horas
- Internação: 7 dias
- Recuperação: 3 a 4 semanas
Quando bem indicada e realizada em centros especializados, tem alta taxa de sucesso e sobrevida.

2. Cirurgia Minimamente Invasiva / Robótica
- Incisões pequenas (3–5 cm) na lateral do tórax
- Menor dor, menor risco de infecção e melhor resultado estético
- Tempo cirúrgico: 4–5 horas
- Internação: 5 dias
- Recuperação: 2 a 3 semanas
Clique aqui para saber mais sobre cirurgia robótica
Procedimento disponível com o Prof. Dr. Diego Gaia, com destaque nacional em cirurgia cardíaca minimamente invasiva e robótica.

Tratamento Transcateter - MITRACLIP
Determinados grupos e pacientes apresentam risco muito elevado para o tratamento convencional e até poucos anos não possuíam alternativa já que se julgava que mesmo a intervenção minimamente invasiva era de muito alto risco. Estes indivíduos permaneciam em tratamento clínico mesmo sabendo dos resultados insatisfatórios do mesmo.
Dentro deste contexto e para estes pacientes selecionados, surgiu o tratamento transcateter da insuficiência mitral utilizando clips: um procedimento novo que foi criado a partir da necessidade de prover alternativa em pacientes de alto risco para a cirurgia convencional (mitraclip).
Diversos estudos têm demonstrado a segurança e a eficácia deste procedimento em pacientes selecionados, tendo sido superior ao tratamento clínico e em muitas situações equivalente ao tratamento cirúrgico convencional.
Neste procedimento conhecido como MITRACLIP um clip especialmente desenvolvido para a válvula mitral é colocado no coração do paciente unindo duas partes da válvula mitral com vazamento e reduzindo ou abolindo a quantidade de sangue que apresenta vazamento (insuficiência).
O MITRACLIP é introduzido através da veia femoral do paciente (um vaso sanguíneo na virilha) e, portanto, sem a necessidade de abertura do peito do paciente ou a parada do coração.
Indicações:
- Insuficiência mitral grave (primária ou secundária)
- Alto risco cirúrgico (idosos, comorbidades)
- Casos pós-infarto ou em insuficiência cardíaca descompensada
Benefícios comprovados (estudo COAPT):
- Redução de mortalidade em 17%
- Redução de internações por insuficiência cardíaca em 32%
- Melhora da qualidade de vida e capacidade funcional
Como é o procedimento com MITRACLIP?
- Anestesia geral
- Cateter inserido pela virilha
- Navegação até o coração com ecocardiografia 3D
- Implante do clipe na válvula mitral
- Internação média: 2–3 dias
- Retorno às atividades: 5 a 7 dias
O procedimento é realizado em sala cirúrgica híbrida, com equipe multidisciplinar altamente treinada (Heart Team).


Benefícios do tratamento precoce
Redução do risco de morte súbita
Alívio imediato dos sintomas
Melhora da função cardíaca e regressão da dilatação ventricular
Aumento da capacidade física
Melhora significativa da qualidade de vida
Por que escolher o Prof. Dr. Diego Gaia?
O Prof. Dr. Diego Gaia é cirurgião cardiovascular, professor da UNIFESP e referência nacional em:
Cirurgia de válvula mitral minimamente invasiva e robótica
Tratamentos transcateter como o MITRACLIP
Abordagem personalizada com equipe multiprofissional
Perguntas Frequentes
O que é insuficiência mitral?
É o vazamento da válvula mitral do coração, fazendo com que o sangue volte do ventrículo esquerdo para o átrio esquerdo. Isso sobrecarrega o coração e pode causar falta de ar, cansaço e, se não tratado, insuficiência cardíaca.
Quais são os sintomas da insuficiência mitral?
- Falta de ar aos esforços
- Palpitações
- Fadiga
- Tontura ou desmaios
- Sopro cardíaco detectado em consulta
- Inchaço ou desconforto respiratório ao deitar
Como é feito o diagnóstico da insuficiência mitral?
Com ecocardiograma transtorácico ou transesofágico, além de exames complementares como ressonância magnética cardíaca e teste ergométrico.
Todos os pacientes com insuficiência mitral precisam de cirurgia?
Não. Pacientes com insuficiência leve ou moderada podem ser tratados clinicamente. A cirurgia ou tratamento transcateter é indicado em casos graves, sintomáticos ou com disfunção ventricular.
Quais são as opções de cirurgia para válvula mitral?
- Cirurgia convencional (esternotomia)
- Cirurgia minimamente invasiva
- Cirurgia robótica
- Em casos de alto risco, tratamento transcateter com MITRACLIP
O que é o MITRACLIP?
É um clipe implantado por cateter, sem abrir o tórax, para reduzir o vazamento da válvula mitral. É indicado para pacientes de alto risco cirúrgico.
Quais os benefícios do MITRACLIP?
- Menor tempo de internação
- Menor risco de complicações
- Melhora dos sintomas e da qualidade de vida
- Redução de mortalidade e re-internações por insuficiência cardíaca
Como agendar uma consulta com o Dr. Diego Gaia?
Entre em contato pelo site, telefone ou WhatsApp para agendamento. A avaliação inclui revisão de exames e definição da melhor abordagem para seu caso.
Sobre o médico
Prof. Dr. Diego Gaia
Cirurgião Cardiovascular | CRM-SP 107683 | RQE 61429
Professor e chefe do Setor de Doenças Estruturais do Coração da Disciplina de Cirurgia Cardiovascular da Universidade Federal de São Paulo. com doutorado pela Escola Paulista de Medicina. Possui MBAs de Harvard e Insper SP, especializações em cirurgia minimamente invasiva na Bélgica e cirurgia robótica nos EUA. Coordena o setor de Cardiologia do Hospital Santa Catarina e Cirurgia Cardiovascular do Hospital AC Camargo. Reconhecido em 2019 pelo PCR London Valves por uma técnica inovadora, é Certificado por sociedades brasileiras em Cirurgia Cardiovascular e implante de próteses e soma mais de 1000 implantes realizados e técnicas pioneiras.
Destaques
- Doutor pela Unifesp
- Certificação em Cirurgia Robótica
- Certificado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular