O que é estenose aórtica?
A
estenose aórtica é uma doença degenerativa e progressiva da válvula aórtica, que atinge até
5% dos pacientes acima de 75 anos. Ela ocorre quando os folhetos valvares se calcificam e perdem a mobilidade, dificultando a passagem de sangue do coração para o corpo. O coração então precisa fazer
mais força a cada batimento, gerando sobrecarga, espessamento do músculo cardíaco (hipertrofia) e, eventualmente,
insuficiência cardíaca e morte súbita.

Mesmo pacientes sem sintomas aparentes podem estar em risco. Inicialmente o coração é capaz de aumentar a sua força de contração e manter um bombeamento do sangue adequado, porém com o passar do tempo o coração enfraquece. O enfraquecimento do coração causa uma série de sinais e sintomas. Se não tratada apresenta alta mortalidade que pode atingir 50% em 1 ano.

Sintomas
A presença de sintomas é um sinal de gravidade. Os principais incluem:
- Falta de ar (dispneia)
- Dor no peito (angina)
- Desmaios (síncope)
- Cansaço
- Palpitações
- Sopro cardíaco audível ao exame
Após o início dos sintomas, a mortalidade pode atingir 50% em um ano se não houver intervenção.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito com base no exame clínico e em:
- Ecocardiograma (transtorácico e transesofágico)
- Tomografia cardíaca (indispensável no planejamento do TAVI)
- Ressonância magnética cardíaca
- Eletrocardiograma e raio-X
Esses exames ajudam a determinar a
gravidade da estenose, o grau de comprometimento cardíaco e a melhor estratégia de tratamento.
Qual o tratamento da Estenose Aórtica?
Tratamento Medicamentoso
O tratamento com medicamentos não resolve a obstrução valvar. Os remédios apenas controlam sintomas em casos iniciais. A única solução eficaz é a substituição da válvula.
Cirurgia Convencional
A técnica tradicional com esternotomia mediana e circulação extracorpórea é segura e eficaz. Indicada principalmente em pacientes com anatomia complexa ou outras doenças cardíacas associadas.
- Duração: 3 a 4 horas
- Internação: 5 a 7 dias
- Recuperação: 20 a 30 dias
Cirurgia Minimamente Invasiva
Tradicionalmente é necessária uma incisão mediana longa, porém hoje o tratamento cirúrgico preferencial é o minimamente invasivo. Nele o procedimento é realizado através de incisões menores, medianas ou laterais. Através destas técnicas é possível promover uma recuperação mais rápida, menos dolorosa e tão segura quanto a cirurgia convencional.
- Internação: 4 a 5 dias
- Recuperação: 15 a 20 dias
- Estética superior e menor impacto funcional

TAVI – Tratamento Transcateter da Estenose Aórtica
O TAVI (Transcatheter Aortic Valve Implantation) revolucionou o tratamento da estenose aórtica. Trata-se da implante de uma nova válvula por cateter, sem necessidade de abertura do tórax. É indicado para:
- Pacientes de alto ou intermediário risco cirúrgico
- Pacientes idosos com comorbidades
- Portadores de próteses biológicas disfuncionantes (valve-in-valve)
- Pacientes de baixo risco, em centros especializados e com indicação precisa
Como funciona o TAVI?
- A válvula é introduzida geralmente pela virilha.
- O procedimento é realizado sob anestesia local ou geral, com duração de cerca de 1 hora.
- Internação média de 2 a 3 dias
- Retorno às atividades normais em 7 dias
Benefícios do TAVI
- Redução do risco de morte
- Menor tempo de internação
- Menor risco de sangramentos e infecções
- Rápida recuperação
- Melhora significativa de qualidade de vida

Por que tratar com o Prof. Dr. Diego Gaia?
O Prof. Dr. Diego Gaia é referência nacional em cirurgia cardíaca valvar e TAVI. Professor da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), é responsável por um centro de formação certificado em técnicas minimamente invasivas e transcateter, com mais de 2000 TAVIs realizados desde 2007.
Sua equipe é formada por
especialistas certificados em todas as vias de acesso, com atuação multiprofissional em todas as etapas do tratamento.
Perguntas Frequentes
O que é estenose aórtica e por que ela é perigosa?
A estenose aórtica é o estreitamento progressivo da válvula aórtica, dificultando a passagem do sangue do coração para o corpo. Isso sobrecarrega o coração e, se não tratada, pode levar à insuficiência cardíaca ou morte súbita.
Quais são os sintomas da estenose aórtica?
Os principais sintomas incluem falta de ar, cansaço, dor no peito (angina), desmaios (síncope), palpitações e sopro cardíaco. Após o início dos sintomas, a mortalidade pode atingir 50% em um ano.
Como é feito o diagnóstico da estenose aórtica?
O diagnóstico é realizado por meio de exames como ecocardiograma, tomografia cardíaca, eletrocardiograma e ressonância magnética, além de avaliação clínica por especialista.
Existe tratamento com medicamentos?
Não. Medicamentos podem aliviar sintomas em fases iniciais, mas não corrigem a obstrução. O único tratamento definitivo é a substituição da válvula doente.
Quais são os tipos de cirurgia disponíveis para estenose aórtica?
As opções incluem:
- Cirurgia convencional com abertura do tórax
- Cirurgia minimamente invasiva com incisões menores
- Tratamento transcateter (TAVI), sem abertura do tórax, por cateter
O que é o TAVI e quem pode fazer?
TAVI é o implante de válvula aórtica por cateter, geralmente pela virilha. É indicado para pacientes com risco cirúrgico intermediário ou alto, e em alguns casos de baixo risco, avaliados por equipe especializada.
Quanto tempo dura o procedimento TAVI e a recuperação?
O procedimento dura cerca de 1 hora, com internação média de 2 a 3 dias. O retorno às atividades habituais pode ocorrer em 7 dias.
O Prof. Dr. Diego Gaia realiza o TAVI?
Sim. O Prof. Dr. Diego Gaia é pioneiro em TAVI no Brasil, com mais de 2000 implantes realizados, sendo certificado em todas as vias de acesso e referência nacional na técnica.
Como posso agendar uma consulta para avaliação da estenose aórtica?
Basta entrar em contato com nosso time de agendamento no site ou entrar em contato pelo WhatsApp ou telefone. A avaliação inicial permitirá esclarecer dúvidas e planejar o tratamento mais adequado.
Outras válvulas e próteses
Tratamento de próteses com disfunção (valve-in-valve)
Muitos pacientes foram submetidos no passado a cirurgias de troca valvar utilizando prótese biológicas. É parte da história natural deste tipo de prótese a sua falha estrutural com o passar dos anos, ou seja, após um período variável de tempo a prótese colocada irá apresentar falha (disfunção) podendo causar vazamento (insuficiência) ou dificuldade de passagem de sangue pela mesma (estenose).
Quando estas condições estão presentes pode ser necessária a troca da prótese com disfunção. A substituição da mesma habitualmente é realizada com uma reoperação convencional em que a prótese original é removida e uma nova implantada em seu lugar. Apesar de bem estabelecido esta cirurgia acarreta risco significativo e superior ao encontrado no primeiro implante.
Neste cenário, atualmente já é possível realizar o implante de prótese transcateter dentro de próteses com disfunção (valve-in-valve). No procedimento uma prótese é colocada dentro da outra sem a necessidade de uma reoperação convencional. É possível realizar o implante valve-in-valve em próteses aórticas, mitrais e tricúspides biológicas.
Estudos internacionais demonstraram a segurança e eficácia da técnica em pacientes corretamente selecionados de modo que está indicação atualmente é parte integrante dos guidelines de intervenção valvar.
Projetos Futuros e Pesquisas
Atualmente o grupo tem realizado protocolos e pesquisas que visam determinar a segurança e eficácia do tratamento de outras condições especiais através da técnica transcateter.
Trabalhos científicos têm sido conduzidos no intuito de produzir próteses capazes de tratar a insuficiência da valva mitral, tricúspide e de condições associadas como aneurismas da aorta ascendente e alterações valvares aórticas.
O tratamento com prótese transcateter da válvula mitral atualmente ainda é uma condição que não dispõe de próteses disponíveis em nosso meio.
O grupo tem realizado esforços no desenvolvimento com múltiplos parceiros com o objetivo de produzir uma prótese adequada para ser utilizada na válvula mitral. O andamento dos projetos de pesquisa pode ser discutido pessoalmente com o grupo de tratamento transcateter.
Sobre o médico
Prof. Dr. Diego Gaia
Cirurgião Cardiovascular | CRM-SP 107683 | RQE 61429
Professor e chefe do Setor de Doenças Estruturais do Coração da Disciplina de Cirurgia Cardiovascular da Universidade Federal de São Paulo. com doutorado pela Escola Paulista de Medicina. Possui MBAs de Harvard e Insper SP, especializações em cirurgia minimamente invasiva na Bélgica e cirurgia robótica nos EUA. Coordena o setor de Cardiologia do Hospital Santa Catarina e Cirurgia Cardiovascular do Hospital AC Camargo. Reconhecido em 2019 pelo PCR London Valves por uma técnica inovadora, é Certificado por sociedades brasileiras em Cirurgia Cardiovascular e implante de próteses e soma mais de 1000 implantes realizados e técnicas pioneiras.
Destaques
- Doutor pela Unifesp
- Certificação em Cirurgia Robótica
- Certificado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular