O que são
Esses dispositivos eletrônicos são utilizados para tratar distúrbios do ritmo cardíaco que comprometem a eficiência dos batimentos do coração. Eles se dividem em:
- Marcapasso convencional: envia estímulos elétricos ao coração quando os batimentos estão lentos ou ausentes, ajudando a manter o ritmo adequado.
- Ressincronizador cardíaco (CRT): indicado para alguns casos de insuficiência cardíaca, atua coordenando a contração dos ventrículos para melhorar a função cardíaca.
- Desfibrilador implantável (CDI): além de funcionar como marcapasso, identifica e trata arritmias graves com pequenos choques elétricos, prevenindo a morte súbita.

Histórico e Evolução
Desde sua criação, os dispositivos cardíacos evoluíram de equipamentos grandes e externos para sistemas modernos, totalmente implantáveis, discretos e com alta durabilidade. Atualmente, contam com tecnologias avançadas, como programação remota e monitoramento à distância.

Indicações Clínicas
Existem diversas doenças que necessitam implante de marcapasso. As principais são:
1. Bloqueio Átrio-ventricular total
2. Bloqueio Átrio-ventricular de 2º. Grau tipo II
3. Bradiarritmias
4. Doenças do nó sinusal
5. Síndrome Braqui-taqui
6. Pós operatório de algumas cirurgias
A escolha do tipo de dispositivo depende do diagnóstico, dos sintomas e da avaliação médica especializada.
Como é o implante?
O procedimento é considerado simples, feito em ambiente hospitalar com anestesia local e sedação.
- É realizada uma pequena incisão próximo ao ombro
- O eletrodo é introduzido por uma veia até o coração
- O gerador é implantado sob a pele
- A alta hospitalar geralmente ocorre em 1 a 2 dias

Cuidados após o implante
- Manter o local do implante limpo e seco
- Evitar esforço com o braço do lado operado por cerca de 30 dias
- Caminhadas leves são permitidas logo após a alta
- Retorno para retirada de pontos entre 7 e 10 dias
- Consultas regulares para acompanhamento e ajustes do dispositivo
- Sempre carregar a carteirinha de identificação do marcapasso ou CDI
- Em caso de dúvidas, procure seu médico
Benefícios esperados
- Melhora dos sintomas como fadiga, tontura e desmaios
- Aumento da segurança em pacientes com risco de arritmias
- Redução da mortalidade em casos específicos
- Melhora da função cardíaca e da qualidade de vida em quem usa ressincronizador
Sobre o médico
Prof. Dr. Diego Gaia
Cirurgião Cardiovascular | CRM-SP 107683 | RQE 61429
Professor e chefe do Setor de Doenças Estruturais do Coração da Disciplina de Cirurgia Cardiovascular da Universidade Federal de São Paulo. com doutorado pela Escola Paulista de Medicina. Possui MBAs de Harvard e Insper SP, especializações em cirurgia minimamente invasiva na Bélgica e cirurgia robótica nos EUA. Coordena o setor de Cardiologia do Hospital Santa Catarina e Cirurgia Cardiovascular do Hospital AC Camargo. Reconhecido em 2019 pelo PCR London Valves por uma técnica inovadora, é Certificado por sociedades brasileiras em Cirurgia Cardiovascular e implante de próteses e soma mais de 1000 implantes realizados e técnicas pioneiras.
Destaques
- Doutor pela Unifesp
- Certificação em Cirurgia Robótica
- Certificado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular