Tratamento Endovascular

Cirurgião Cardiovascular

O que é o tratamento endovascular?


O tratamento endovascular dos aneurismas da aorta é uma técnica que permite a correção da doença utilizando cateteres e próteses que são introduzidos pela virilha por técnica minimamente invasiva.  Tanto os aneurismas torácicos, como os abdominais e toraco-abdominais podem ser tratados por esta técnica com significativas vantagens:

  • Menos invasivo, feito via cateter pela virilha
  • Ideal para aneurismas da aorta descendente
  • Pode ser realizado com anestesia local ou sedação
  • Retorno às atividades em 5 dias
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Passos do Procedimento


Antes do Procedimento

Antes do procedimento é necessária uma avaliação cuidadosa de seu caso por uma equipe especializada neste tipo de implante. 

Estas consultas incluem detalhada avaliação de todos os seus exames e do exame clínico no intuito de realizar um planejamento adequado, não apenas do procedimento, mas de todos os cuidados necessários no pós-operatório de modo a proporcionar uma recuperação adequada e redução dos riscos.


A tomografia computadorizada é um exame de fundamental importância, pois ela irá determinar o tamanho de seu aneurisma e proporcionar a escolha do melhor tamanho de prótese adequada a anatomia do paciente.


Programas de computador especializados no planejamento do caso são utilizados com o objetivo de determinar o tamanho exato das próteses necessárias a cada passo do procedimento. 

Ilustração de um enxerto de stent aórtico, mostrando um tubo de malha colocado dentro da aorta e vasos ramificados para os rins.


Durante o Procedimento

O procedimento é realizado em uma sala de cirurgia especializada, conhecida por sala cirúrgica híbrida, que reúne modernos equipamentos de monitorização e diagnóstico por imagem. Um time de especialistas (Heart Team), especialmente treinado nestes procedimentos, executa o implante.

Uma sala de cirurgia moderna e bem iluminada com equipamento cirúrgico, monitores e uma mesa para pacientes.

Durante o procedimento, um pequeno cateter é introduzido pela artéria femoral (virilha) através de uma incisão de aproximadamente 1 cm, sendo em seguida guiado até o local do aneurisma por equipamentos modernos de imagem.


Uma prótese especial é comprimida dentro de um pequeno tubo denominado cateter e é posicionado no interior do aneurisma. Em seguida, o médico especialista libera a endoprótese (stent) em sua posição correta.


O procedimento pode ser realizado com anestesia geral ou apenas com sedação e anestesia local a depender da condição clínica do paciente. 

Em média o paciente permanece internado por 2 dias e retorna às suas atividades habituais em 5 dias.


Um procedimento usual é composto por:

  1. Anestesia do paciente 
  2. A equipe médica responsável prepara o local de acesso para a prótese (habitualmente a artéria femoral – virilha) 
  3. O paciente é monitorizado com ecocardiograma e um aparelho de raio-x (fluoroscopia) 
  4. O stent (endoprótese) é preparado e inserida por um pequeno tubo (cateter) e colocada em posição dentro da aorta
  5. Após a liberação são realizados exames de angiografia para confirmar o resultado do procedimento
  6. Imediatamente é verificado o funcionamento da prótese 
  7. O sistema é removido e o local de acesso do cateter ocluído
Diagrama ilustrando um reparo endovascular de aneurisma aórtico usando um stent. Uma aorta vermelha é mostrada dentro de uma figura humana, com uma visão detalhada do stent.
Diagrama mostrando o reparo endovascular de um aneurisma da aorta abdominal. O aneurisma é vermelho e uma endoprótese cinza substitui a seção enfraquecida.


Após o procedimento

Após o implante os pacientes são encaminhados para o quarto ou para unidade de terapia intensiva (UTI) na dependência de suas condições clínicas.  Lá os principais sinais vitais são monitorizados (batimentos cardíacos, oxigenação, pressão arterial). Normalmente os pacientes permanecem na UTI por 24 horas após o procedimento.

É permitido caminhar após 24-48 horas. E em média após 2 dias os pacientes retornam para casa.

A equipe multiprofissional acompanha o paciente após a sua alta em diversas consultas que incluem toda a orientação de retomada de suas atividades, como programas especialmente elaborados para reabilitação.


Riscos

Apesar da técnica, em pacientes corretamente selecionados, apresentar menor risco que a cirurgia convencional este ainda é um procedimento cirúrgico realizado na aorta. O paciente deve discutir extensivamente com a equipe especialista sobre seus riscos que variam conforme sua condição de saúde. Somente uma avaliação multiprofissional pode determinar adequadamente quais riscos cada caso está exposto e quais medidas serão tomadas com o objetivo de reduzir ao máximo os mesmos.



Benefícios do procedimento

Os procedimentos endovasculares são técnicas bem estabelecidas e seguras. Diversos estudos, incluindo estudos publicados por nosso grupo, tem demonstrado uma série de benefícios deste procedimento:

  • Redução do risco de morte quando comparado à cirurgia convencional
  • Alívio de sintomas  - Os pacientes operados com está técnica demonstram em curto período de tempo uma melhora significativa dos sintomas.
  • Melhora de capacidade funcional -  Os pacientes operados com está técnica demonstram melhor capacidade de exercício físico com aumento da velocidade e duração do teste de caminhada mais precocemente.
  • Melhoria de qualidade de vida - A qualidade de vida é marcadamente melhorada após o procedimento.
  • Diminuição do risco de expansão do aneurisma e rotura. 


Acompanhamento pós procedimento

O tratamento dos aneurismas da aorta não acaba com o implante do stent (endoprótese). Após o procedimento é fundamental que o paciente seja reavaliado periodicamente pela equipe de especialistas. As reavaliações buscam orientar o paciente sobre diversos aspectos incluindo:

  • Eventuais restrições de atividade física
  • Programa de reabilitação cardiovascular
  • Retomada das atividades habituais 
  • Orientações alimentares



Além disso, são realizados exames de avaliação e monitoramento do restante da aorta e da endoprótese.

O paciente e seus outros médicos também recebem um relatório detalhado sobre o procedimento com orientações e cuidados necessários após o implante do stent. 

É muito importante que o procedimento seja realizado com uma equipe especializada e com experiência tanto em técnicas endovasculares como em cirurgia convencional (aberta).


Prof. Dr. Diego Gaia é certificado em todas as vias de acesso e é o responsável pelo centro de treinamento da Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina. Além de experiência no desenvolvimento e aplicação de novas técnicas endovasculares.

Sobre o médico

Prof. Dr. Diego Gaia


Cirurgião Cardiovascular | CRM-SP 107683 | RQE 61429


Professor e chefe do Setor de  Doenças Estruturais do Coração da Disciplina de Cirurgia Cardiovascular da Universidade Federal de São Paulo. com doutorado pela Escola Paulista de Medicina. Possui MBAs de Harvard e Insper SP, especializações em cirurgia minimamente invasiva na Bélgica e cirurgia robótica nos EUA. Coordena o setor de Cardiologia do Hospital Santa Catarina e Cirurgia Cardiovascular do Hospital AC Camargo. Reconhecido em 2019 pelo PCR London Valves por uma técnica inovadora, é Certificado por sociedades brasileiras em Cirurgia Cardiovascular e implante de próteses e soma mais de 1000 implantes realizados e técnicas pioneiras.


Destaques
  • Doutor pela Unifesp
  • Certificação em Cirurgia Robótica 
  • Certificado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular
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